sábado, 4 de julho de 2009


ESTADO DE GOIÁS
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO TÉCNICO PEDAGÓGICO – INSPEÇÃO ESCOLAR
SUBSECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE PORANGATU – GO.
ESCOLA ESTADUAL DR. BELARMINO CRUVINEL

SUMÁRIO

IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR 5
OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS 6
OBJETIVOS E PRINCÍPIOS 7
FINALIDADES 8
HISTÓRICO DA CRIAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR 9
MARCO REFERENCIAL......................................................12
O MUNDO, UM CONTEXTO E MUITOSDESAFIOS......13
SOCIEDADE: SER HUMANO E EDUCAÇÃO....................16
NOSSOS IDEAIS: EXPRESSÃO DE POSICIONAMENTOS POLITICOS E PEDAGÓGICOS... 17
QUE ESCOLA QUEREMOS?................................................18
DIAGNÓSTICO .....................................................................20
OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS E METAS ...........................24
PLANO DE AÇÃO ..................................................................26
AVALIAÇÃO ...........................................................................32
BIBLIOGRAFIA .....................................................................34

INTRODUÇÃO
Para nortear os princípios filosóficos, administrativos e pedagógicos, a Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel, construiu o seu Projeto Politico Pedagógico participativo para os anos letivos de 2009 e 2010, juntamente com os alunos, pais, professores, funcionários administrativos, membros do Conselho Escolar e grupo gestor.
Na busca de ações educativas transformadoras e engajadas na luta igualitária, elaboramos este Projeto Político Pedagógico participativo, caracterizado pela integração efetiva entre Escola e Realidade Social, primando pelo inter – relacionamento entre teoria e pratica, tendo como referencial a realidade histórica.
Depois de observar os problemas que apresentam e dificultam o processo do ensino e aprendizagem em nossa escola que são: repetência, freqüência, poder aquisitivo, a falta de interesse e participação de nossos alunos, falta de interesse e participação dos pais nas atividades escolares, a escola almeja com a reelaboração deste Projeto Politico Pedagógico a melhoria da qualidade do ensino, que assim evite a repetência, a infrequencia, tornando a escola um lugar agradável onde o aluno sentirá prazer em fazer parte dela, levando esse aluno a integrar – se na sociedade e desenvolver o raciocínio crítico.
Portanto, como objetivo de resgatar a qualidade da rede publica e aperfeiçoar o currículo mínimo adotado, procuramos elaborar este projeto através de reflexões com toda comunidade escolar, partindo da realidade da escola que temos para alcançarmos a escola que queremos, desejamos, ou seja, uma escola voltada para a formação integral do educando desenvolvendo um trabalho de base, preparando o cidadão para o dia- a –dia, nos aspectos político, social, religioso, cultural e profissional.
O presente documento é a sistematização das idéias dos integrantes da comunidade escolar ( docentes, discentes, técnico – administrativos e pais) da Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel que participaram do Marco Referencial do Projeto Político Pedagógico. Este marco divide – se em três partes principais:

ESTADO DE GOIÁS
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO TÉCNICO PEDAGÓGICO – INSPEÇÃO ESCOLAR
SUBSECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE PORANGATU – GO.
ESCOLA ESTADUAL DR. BELARMINO CRUVINEL

1. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

NOME DA UNIDADE ESCOLAR: Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel
ENDEREÇO: AVENIDA Antônio Salazsr, 502, Qd. 23 Lt. 101- Centro – Santa Tereza de Goiás
CNPJ:
ENTIDADE MANTENEDORA: Secretaria da Educação do Estado de Goiás – Go.
CNPJ: 00 672 482 / 0001 - 26
REDE DE ENSINO: Estadual
MODALIDADE: Ensino Fundamental de 1ª e 2ª fase – 1º ao 5º Ano e 6º ao 9º Ano.
TURNO: Matutino e Vespertino
NÚMERO DE ALUNOS: 155 alunos
NÚMERO DE SALAS DE AULA: 08
NÚMERO DE TURMAS: 07
GESTORA: Maria Iraides do Carmo Silva
VICE - DIRETORA: Celi de Araújo Guimarães
CHEFE DE SECRETARIA: Hernando Ferreira Simão

2. OBJETIVOS
Objetivo Geral:
1 – Promover e envolver todos os segmentos na reelaboração coletiva do Projeto Político Pedagógico, articulando – o às várias formas de planejamento do trabalho da escola a fim de que percebam a importância de uma boa educação na vida do individuo.
Objetivos Específicos:
1 – Buscar o envolvimento e a participação dos segmentos pais, alunos, funcionários, professores, membros do Conselho Escolar e comunidade local na democratização da escola.
2 – Proporcionar meios facilitadores que envolvam a participação dos segmentos da escola na reelaboração do Projeto Político Pedagógico;
3 – Resgatar e conscientizar a família do compromisso em participar ativamente da vida escolar de seus filhos, envolvendo – os na reelaboração do Projeto Político Pedagógico.
4 – Buscar parcerias com a comunidade escolar e local nas atividades da escola visando melhoria no processo ensino – aprendizagem.
5– Reconhecer a importância da relação teoria – prática na reelaboração do Projeto Político Pedagógico da escola.


3. OBJETIVOS E PRINCÍPIOS
4.1 OBJETIVO GERAL

A Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel objetiva sua ação educativa, fundamentada nos princípios da universalização de igualdade de acesso, permanência e sucesso, da obrigatoriedade da Educação Básica e da gratuidade escolar.
A proposta é uma Escola de qualidade, democrática, participativa e comunitária, como espaço cultural de socialização e desenvolvimento do educando, preparando-o para o exercício e direitos e o cumprimento dos deveres, sinônimo de cidadania.
Oportunizar um ensino de qualidade, voltado para os interesses do aluno, para as necessidades da sociedade e atendendo aos anseios da comunidade escolar, executando as Políticas Públicas e as outras aqui previstas.


4.2 ESPECÍFICOS

Ø Implementar a Gestão Compartilhada;
Ø Observar e atender as demandas do Plano de Trabalho da Gestão Escolar;
Ø Acompanhar o cumprimento do currículo, observando a Matriz de Habilidade;
Ø Buscar maior integração entre os componentes curriculares;
Ø Aumentar os índices de aprovação em, no mínimo, 20%;
Ø Reativar Projeto que vise a correção da defasagem idade-série;
Ø Promover momentos que reativem o senso cívico-patriótico;
Ø Implementar a Escola Aberta;
Ø Implementar os Projetos previstos no Projeto Político Pedagógico;
Ø Consolidar o projeto de vôlei;
Ø Incentivar a divulgação da cultura nacional e regional;
Ø Assegurar melhores condições de trabalho aos educadores, observados os parâmetros legais;
Ø Erradicar gradativamente a defasagem idade-série;
Ø Implementar o curso de Informática, com o uso pleno das instalações do Laboratório de Informática;
Ø Aprimorar a Avaliação Institucional;
Ø Buscar mais parcerias que acionem a comunidade em favor da escola e vice-versa e aprimorar as já existentes;
Ø Efetivar melhorias na parte física da escola;
Ø Incentivar, por todos os meios disponíveis, a conservação do patrimônio e do ambiente escolar;
Ø Aprimorar o Regimento Escolar – Manual do aluno;
Ø Possibilitar a reflexão sobre as relações interpessoais no ambiente escolar, em todos os setores, desde a secretaria até a biblioteca;
Ø Associar-se aos Programas Amigos da Escola e Parceiros da Escola;
Ø Programar o Intervalo Cultural;
Ø Manter as atividades dos Jogos Escolares e Jogos Interclasses;
Ø Aprimorar os procedimentos de Escola Inclusiva.

4. FINALIDADES

A Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel tem por finalidade: atender o disposto nas Constituições Federal e Estadual, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Estatuto da Criança e do Adolescente, ministrar a 1ª e 2ª fases do Ensino Fundamental, observando a legislação e as normas especificamente aplicáveis.
A Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel , oferecerá aos seus alunos serviços educacionais com base nos princípios emanados das Constituições Federal e Estadual, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Estatuto da Criança e do Adolescente.

5. HISTÓRICO DA CRIAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

A história tem um papel fundamental na vida do ser humano, tudo que existe no mundo precisa ser retratado, contado. Porém, há uns fatos que já estão registrados na escrita e outros que ainda estão na oralidade, ou seja, na memória de um povo; e em especial, daqueles que estão na terceira idade e que adquiriram experiências no decorrer da vida.
A Unidade de Ensino se originou porque existia no município o “ Grupo Escolar Belarmino Cruvinel”, terreno que foi doado por ele, pois era proprietário da maioria das terras desse município. O prédio foi demolido para a construção de um novo, orientado pelo engenheiro da cidade de Goiânia, Dr. Marco Aurélio, que faleceu no dia em que ia partir para Santa Tereza de Goiás e inaugurar a escola. Então, em sua homenagem o estabelecimento de ensino recebeu outro nome, vindo a se chamar “Escola Estadual Dr. Marco Aurélio”.
Mais tarde foi doado um novo terreno pelo prefeito da época, Sebastião Severino Sobrinho, que também possuía uma boa parte das terras do município, para a construção de uma nova instituição de ensino que passou a se chamar “Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel”. Por que recebeu o mesmo nome? Porque queriam resgatar a história e a cultura das pessoas de Santa Tereza de Goiás e também para homenagear Dr. Belarmino Cruvinel.
O terreno doado pelo então prefeito da cidade, Sebastião Severino Sobrinho, possui uma área de 11.728,21 m2, e a área construída corresponde a 575,61m2.
A fundação da escola ocorreu em 1980. No mesmo ano, a Lei nº 8.834 de 03 de junho de 1980, dispõe sobre a denominação do estabelecimento de ensino, que passa a denominar – se Escola Estadual de 1º Grau “Dr. Belarmino Cruvinel” a Escola Estadual de 1º grau, de Santa Tereza de Goiás.
A Lei nº 9.977 de 14 de janeiro de 1986 criou o estabelecimento de ensino na Secretaria da Educação do Estado de Goiás, com o nome supracitado.

A Unidade Escolar se encontra localizada em área urbana. Sua clientela são crianças carentes que se encontram próximas a escola, mas também atende a crianças vindas da zona rural e de outras localidades da cidade.
Criada para suprir a necessidade de vagas, que na época a demanda era muito alta, hoje a Unidade Escolar conta com 155 (cento e cinqüenta e cinco ) alunos e algumas salas ociosas adaptadas para funcionar sala de vídeo e sala dos professores.
Durante a sua evolução, a escola passou por várias reformas. Foi construída uma biblioteca; quadra poliesportiva, ainda sem cobertura; quadra de areia; e por último a construção de uma cozinha. Enfim houve mudanças significativas no decorrer desse tempo.


Ø MUNDO, UM CONTEXTO E MUITOS DESAFIOS


( Marco Situacional), que explicita os desafios a serem assumidos pela instituição;


Ø SOCIEDADE, SER HUMANO E EDUCAÇÃO

( Marco Doutrinal), com a determinação dos princípios que deverão sustentar nossas ações;
Ø NOSSOS IDEAIS: EXPRESSÃO DE POSICIONAMENTOS POLÍTICOS PEDAGÓGICOS

(Marco Operativo), onde são adotadas diretrizes relacionadas ao fazer da escola, a organização e o desenvolvimento curricular, ao ensino, à gestão e à avaliação institucional.


O texto resultou dos trabalhos coletivos realizados na Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel em Santa Tereza de Goiás, com base nas opções contidas no livro “Planejamento Participativo na Escola. O que é e como se faz” de Gandin e com orientações do professor Renato Leite, professor da disciplina Planejamento Vivencial.


6. MARCO REFERENCIAL

O trabalho de construção, iniciado em fevereiro de 2.009, demandou inúmeras reuniões dos vários segmentos da Escola que se dispuseram para refletir sobre o contexto mundial, nacional, regional e escolar onde está inserida a atividade educacional da nossa instituição, buscando transpor desafios, princípios e diretrizes que fundamentarão a política da educação que teremos de seguir.
Segundo a LDB, cabe à escola elaborar e executar sua proposta pedagógica (art. 12) e aos docentes e a toda comunidade escolar participar da sua elaboração (art.13). No artigo 13, A referida Lei destaca que os docentes incumbir-se-ão de:
I- participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II- elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica estabelecimento de ensino.
E cabe ao diretor ser o dinamizador do processo, definindo-se como líder pedagógico e não só administrador.

O grupo, ou comissão, num trabalho de “costura”, sistematizou o texto que explicitou o resultado das discussões, das diversas opiniões e depoimentos originados do grupo formado por aqueles que se dispuseram a participar. Este texto foi apreciado pela comunidade escolar e aprovado em assembléia.
A partir deste Marco Referencial faremos o DIAGNÓSTICO para avaliar as atuais praticas dessa Unidade Escolar. Assim poderemos partir para a definição do PLANO DE AÇÃO, contendo a proposta de trabalho do Sistema da Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel/ GO. Comissão de construção do PPP.


6.1 O MUNDO, UM CONTEXTO E MUITOS DESAFIOS

(Marco Situacional)

O mundo é o local onde ocorre as interações homem-homem e homem-meio social caracterizadas pelas diversas culturas e pelo conhecimento. Devido a rapidez do processo de assimilação das informações e pela globalização torna – se necessário proporcionar ao homem o alcance dos objetivos materiais, políticos, culturais e espirituais para que sejam superadas as injustiças, diferenças, distinções e divisões na tentativa de se formar o ser humano que se imagina.
Explicaremos aqui como entendemos o mundo em que vivemos e o contexto em que se situa a Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel. A partir de nossas reflexões acerca do contexto sócio – histórico – educacional, considerando os fundamentos legais relacionados à educação, pretendemos reconhecer os desafios que se colocam para a Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel.
Partimos do pressuposto de que uma Escola que visa realizar ações intencionais precisa levar em conta os problemas decorrentes das relações que se estabelecem em seu contexto. Consciente desse envolvimento de relações, poderemos superar ações espontaneísta e, futuramente, contribuir para a construção de uma sociedade mais humana, justa, livre, participativa e feliz.
Desse modo, é indispensável uma atenção voltada para a atualidade: enquanto presenciamos as maiores e mais rápidas transformações tecnológicas, convivemos com o crescimento desenfreado da miséria, da injustiça social. Por isso precisamos compreender o mundo e situar os problemas presentes em nosso entorno para, posteriormente, apontarmos em que direção caminhará nossa escola.
É visível que o mundo tornou – se globalizado, mas as oportunidades ainda estão muito restritas. A globalização é um processo determinado pelo funcionamento dos mercados e da economia que reflete diretamente na cultura e no costumes dos povos. Visivelmente os países que pertencem ao G7, cujas bases fundamentam – se no capitalismo. A globalização embora apregoam a inserção de todos, gerou a exclusão dos países pobres e em desenvolvimento do acesso a condições de vida mais digna. STEFFAN (1999) sustenta essa afirmação quando registra que: “das dez maiores companhias do mundo, seis são transnacionais japonesas, três são estadunidenses e uma é britânico – holandesa. A distribuição geográfica das corporações reflete as habituais estruturas de poder na sociedade global: 435 das 500 transnacionais mais importantes – 80% - pertencem aos países do Grupo G -7. Desta, 151 são norte – americanas, 149 japonesas, 44 alemães, 40 francesas, 33 britânica, 11 italianas e 5 canadenses”.
Há que se ponderar também que vivemos problemas de toda ordem, tais como:SOCIAIS: desajuste familiar, empobrecimento da maior parte da população retratado pela miséria e fome; escassez de saneamento básico, falta de segurança publica; condições precárias de saúde física e mental; descaso com a educação; precárias condições de trabalho retratadas na alta taxa de desemprego, desvalorização de funcionários expressos nos baixos salários e carência de mão de obra qualificada. É sabido por todos que a exclusão social cresce a cada dia, marcada pela má distribuição de renda, pela desigualdade social que repercute em desemprego, violência, uso de drogas licitas e não licitas e prostituição.

POLÍTICO: rompimento com preceitos éticos expressa na corrupção, má administração pública e trafico de influencia, lavagem de dinheiro, concentração de poder político sustentado na força econômica, perdas de direitos sociais adquiridos.

ECONÔMICOS: imposição de princípios ditados pelas empresas transnacionais, desemprego, constituição de blocos de poder que determinam as relações econômicas baseadas na concentração dos lucros; concentração do conhecimento (ciência e tecnologia) nas mãos de grandes grupos econômicos, colocando os países em desenvolvimento na condição de meros reprodutores e consumidores de tecnologia; imposição aos países desenvolvidos, queda em investimentos no setor industrial e rural; crescimento exagerado do setor de serviços cada vez mais evidente pela informalidade das relações de trabalho; sobreposição de valores pautados na competitividade e no empreendedorismo a valores de solidariedade e coletividade.

CULTURAIS: banalização do sexo e da violência devido ao uso de novas tecnologias de informação e de comunicação; imposição de valores de determinados grupos sociais; preconceitos às minorias. consumismo; trafico de influencia; hegemonia cultural devido à globalização e à imposição de determinados modelos da ciência e tecnologia; submissão à violência das transformações materiais em detrimento do tempo de contemplação;

RELIGIOSOS: utilização da religião para fins econômicos e políticos, gerando conflitos entre os povos.

AMBIENTAIS: estamos vivendo com diversos problemas de dimensão planetária relacionados às questões ambientais, tais como a poluição e o consumo irresponsável de recursos naturais como a água e a energia. Inundação, seca, processo de desertificação, furacões, terremotos, destruição da camada de ozônio, extinção de espécies, desastres ecológicos, incêndios nas florestas são, certamente, respostas às posturas irresponsáveis do ser humano no que se refere ao uso de matéria prima proveniente da natureza, ao saneamento e a saúde, má distribuição de renda, ensino de baixa qualidade, desigualdade de oportunidades, desorganização social , políticos comprometidos com minoria. Tudo isso se agrava na medida em que as relações sociais são reguladas pelo poder econômico, repercutindo em desigualdades sociais.
Se considerarmos o entorno da Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel vamos observar que as mazelas sociais se aproximam. Temos presenciado violências absurdas na cidade de Santa Tereza de Goiás, devido aos processos de exclusão, desemprego, alcoolismo, as drogas, os desajustes familiares, a delinqüência tudo isso são reflexos da exclusão social.
Apesar de esses problemas afetarem mais diretamente as classes populares, é preciso notar, por exemplo, que a violência é um fenômeno do mundo que acontece em qualquer classe social. Temo diversos tipos de violência, tais como a bomba, a fome, a falta de escola, os atentados, os seqüestros, os conflitos entre povos, a população oprimida, os preconceitos. Não podemos nos isolar dessas violências, pois embora sejamos uma comunidade pequena e pacifica o que mais sobressai é o individualismo.
No que se refere a educação, ainda falta investimentos. Tivemos um grande avanço na qualidade da educação, mas ainda tem muito para ser feito. São inúmeros os problemas relacionados à educação: um grande número de jovens fora da escola, pois param de estudar para trabalhar, ajudar no orçamento familiar; professores mal remunerados; falta de material didático, apesar da grande propaganda do livro didático, o Programa do Livro Didático ainda precisa haver severas mudanças; falta recursos para a formação dos docentes, entre outros, interferindo na qualidade do ensino. Há carências na unidade de ensino da Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel tanto relacionada à estrutura física quanto à falta de profissionais. Alem disso, esta escola ainda não alcançou relações consistentes com empresas.
O quadro sócio-histórico-econômico aqui exposto parece expressar uma visão apocalíptica de sociedade, ressaltando uma gama de problemas de tal amplitude que suspeita qualquer possibilidade de transformação para melhor. Entretanto, é necessário registrar que ao longo das discussões que explicitaram o referido quadro, os sujeitos envolvidos manifestaram suas visões movidas pelo desejo de transformações. As reflexões sugerem que a escola repensando constantemente seu papel pedagógico e exercendo sua função social, poderá contribuir com as transformações atuando criticamente para reconstruir as representações que os sujeitos tem da realidade, de modo a promover a mudança de postura e de pratica diante dessa realidade.


6.2 SOCIEDADE SER HUMANO E EDUCAÇÃO
(Marco Doutrinal)


Somos uma sociedade capitalista competitiva baseada nas ações e resultados, por isso precisamos construir uma sociedade mais libertadora, critica, reflexiva, igualitária, democrática e integradora, fruto das relações entre pessoas, caracterizadas pela interação de diversas culturas em que cada cidadão constrói a sua existência e a do coletivo.
Entendemos que a escola brasileira tem a responsabilidade na formação do cidadão capaz de transformar o pais em busca de mais justiça social, igualdade e pleno desenvolvimento econômico, com respeito ao ser humano. A Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel acredita que através do Projeto Politico Pedagógico, a instituição norteará suas praticas e viabilizará seus valores socioculturais. Quando toda comunidade escolar e local defenderem a solidariedade, a ética, a igualdade social, o reconhecimento das diferenças, a liberdade e o respeito em suas práticas cotidianas.
Lutamos em prol de uma sociedade mais justa, valorizada como cidadãos conscientes dos direitos e deveres e com valores éticos e morais.
Do ponto de vista econômico, nossa escola tendo consciência de que nosso país é categorizado como periférico da economia capitalista, precisa unir esforços com os da população no sentido de garantir aos seus educandos, condições de exercício de cidadania responsável, capacitação para o trabalho, socialização, colocando – os a serviço da construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
No parecer da comunidade da Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel, há a necessidade de se adotar uma concepção de escola, a da escola, que envolva o seu papel de formadora de cidadãos conscientes críticos e participantes, capazes de agir na transformação da sociedade em que vive.
A escola deve ser critica, reflexiva e possibilitar a toda a comunidade um projeto político pedagógico consolidado pela colaboração mútua e o exercício da construção coletiva desencadeando experiências inovadoras que estão acontecendo na escola. “... a escola, por si só não forma cidadãos , mas pode preparar instrumentalizar e propiciar condições para que seus alunos possam se firmar e construir a sua cidadania” (Proposta Curricular,1997)
O homem é transformador do meio em que vive, o que incentiva o homem a ser transformador são os valores adquiridos ao longo de seu convívio familiar, social e religioso.


6.3 NOSSOS IDEAIS: EXPRESSÃO DE POSICIONAMENTOS POLITICOS E PEDAGÓGICOS

(Marco Operativo)

Para que o Projeto Politico Pedagógico repercuta em mudanças efetivas no trabalho da escola, é essencial termos presente quais ideais movem as pessoas e quais desejos e expectativas têm os integrantes da Comunidade Escolar a respeito das ações e dos caminhos a serem trilhados. Nessa perspectiva, descrevemos a seguir como a Comunidade Escolar idealiza suas ações e quais as diretrizes, isto é, as orientações, instrumentos ou indicações para se tratar e levar avante esses ideais.
Nosso ideal é formar nossos educadores sujeitos sociáveis, sendo bons filhos, bons pais, bons cidadãos e também conscientes e preparados para a competitividade do mercado de trabalho, sendo assim, ser sujeito responsável, comprometido com seu desempenho social.
A função social da Escola é promover ao aluno acesso ao conhecimento sistematizado e, a partir deste, a produção de novos conhecimentos. Preocupar – se com a formação de um homem consciente e participativo na sociedade em que está inserido.
A comunidade escolar repensa constantemente o seu papel pedagógico e sua função social, para tanto, se faz necessário refletir sobre a escola que temos, se voltada para os interesses políticos e internacionais, se discriminadora e produtora de mecanismos de controle que impede que os nossos alunos consigam enfrentar em condições de igualdade ou como melhor enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. E para que a escola cumpra a sua função social será necessário:
Ø Integração e participação da comunidade escolar;
Ø Os segmentos da escola devem estar plenamente voltados à valorização do educando;
Ø Melhor utilização do espaço físico;
Ø Recursos humanos , pedagógicos e financeiros;
Ø Cobrança de regras de convivência em grupo;


7. QUE ESCOLA QUEREMOS?

Ao imaginar a Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel como escola pública, gratuita e de qualidade, desejamos que, assumindo sua função social, seja uma instituição voltada à socialização de saberes teóricos, práticos e comportamentais, visando ao desenvolvimento das potencialidades dos indivíduos para constituírem – se cidadãos participativos, co – responsáveis nos processos de transformação da sociedade. Pressupondo que a escola existe para servir a sociedade é preciso que haja interação com a comunidade para saber quais suas necessidades de ordem cultural, esportiva e até tecnológica de tal maneira que as portas da Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel estejam abertas para atender a todos os cidadãos que dela decidirem compartilhar.
Visando atender a necessidade da comunidade escolar e local a Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel deve indagar – se: Quais projetos podemos desenvolver para atender a comunidade? É fundamental assumirmos que a qualidade da educação pressupõe qualidade para todos, em todas as dimensões da vida humana. Isso significa que a escola não pode ser privilegio de determinados grupos.
O trabalho da escola deve abranger diversas finalidades, associadas às seguintes dimensões:
Ø Cultural – compreender a pluralidade cultural dos diferentes grupos sociais;
Ø Política e social – compreender a sociedade e participar no espaço em que vivemos, exercendo plenamente a cidadania;
Ø Humanística – viver plenamente a condição de Ser Humano, sujeito da história
Para efetivar essas finalidades é necessário conhecermos os alunos que estão chegando à escola. As necessidades dos alunos devem ser indicadores de aprimoramento da prática educacional. Se as condições de aprendizagem do aluno não são favoráveis, é preciso que a escola de mobilize criando as condições necessárias à aprendizagem. A diversidade das condições de aprendizagem é uma realidade que não pode ser negada. É fundamental a devida atenção às questões de ordem sócio – econômica do educando, desde as exigências com o vestuário (uniforme), alimentação, aquisição de material didático. É preciso que a escola mergulhe na comunidade em que está situada, construindo sua identidade e perguntando – se, constantemente, se o que se está fazendo satisfaz às necessidades desta comunidade. É preciso que haja interação entre os pais dos alunos e a escola, pois são peças fundamentais entre comunidade e escola.


8. DIAGNÓSTICO


A Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel esta situada na Avenida Antônio Salazar, 502, Qd. 23, Lt. 101 – Centro, situada junto aos bairros Vila Nova, Vila Mutirão, Vila Campina Verde, Vila Maressa, caracterizados como bairros de baixa renda, a localidade conta com saneamento básico, aja visto que não há redes de esgoto, mas há pavimentação asfáltica, há longos trechos desabitados com matos e pouca iluminação. A maioria das famílias vive do trabalho autônomo, alguns, funcionários públicos municipais ou estaduais, mas muitos contam apenas com os auxílios do governo como o Bolsa Família, programa do governo Federal que atende cerca de 70% dos alunos.
Somando-se as dificuldades financeiras a maioria dos moradores procura o acampamento de sem terra em busca de melhores condições.
Com uma média de 2 ou 3 irmãos, muitos alunos, quase 80% convivem apenas com um dos genitores sendo o outro padrasto ou madrasta. Há ainda os que moram com os avós devido a abandonos, mortes ou outros problemas.
Existe também na comunidade um grande problema com o alcoolismo, o uso de entorpecentes, o tráfico de drogas e a violência, questões que rotineiramente permeiam o âmbito escolar.
Algo que também tem afetado as crianças de nosso convívio é a fome, muitas chegam à escola sem terem tomado o café da manhã ou almoçado no caso dos alunos do vespertino. A falta de higiene com o corpo e a roupa tem causado inúmeros problemas de saúde nas crianças e adolescentes que em muitos casos atrapalha o desenvolvimento e a aprendizagem.
O nível de instrução dos pais é baixo o que dificulta o diálogo da escola com eles e com os seus próprios filhos, pois não tem um entendimento claro das transformações sociais que a escola tem procurado inserir no seu cotidiano para melhor atende-los. Além disso, devido à fatores econômicos e culturais, a comunidade não tem acesso aos meios diferenciados de informação com jornais, livros e revistas, bem como atividades culturais com teatros, cinemas, shows e de lazer como clubes, parques, chopes entre outros.Talvez isso explique as dificuldades relacionadas à leitura e escrita na escola. Cientes dessas dificuldades almejam criar condições para que as famílias possam compreender o que é educar e conseqüentemente nos auxiliar nessa tarefa desafiadora.
O retrato traçado da realidade nos leva a observar algumas deficiências acarretadas das situações existentes, entre elas podemos citar:

Ø A falta de materiais pedagógicos básicos como caderno, lápis e borracha por parte dos alunos;
Ø A rotatividade de alunos em vista das freqüentes mudanças de endereço;
Ø Famílias desestruturadas com pouca ou nenhuma comunicação;
Ø Traumas psicológicos enfrentados por alunos que convivem em lares violentos;
Ø A má alimentação que acarreta problemas físicos que interferem na aprendizagem;
Ø A falta de higiene que exclui alguns alunos e favorece o aparecimento de algumas doenças;
Ø O pouco apoio às atividades extra-classe dos alunos;
Ø A falta de limites de algumas crianças devido à ausência de disciplina e instrução em casa;
Ø A baixa auto-estiam das crianças principalmente as repetentes que são discriminadas em casa;
Ø O desinteresse pela leitura, encarado como algo totalmente distorcido da vida.

Os funcionários da limpeza, da portaria e cantina também têm contribuído de forma significativa para organização da escola como um espaço emancipador, através da participação efetiva nos eventos que a escola tem proporcionado para que a mesma cumpra seu papel social.
De acordo com as oportunidades oferecidas os professores têm buscado a formação continuada dentro das necessidades mais urgentes da escola, como a participação na oficina pedagógica para a confecção de materiais concretos e jogos, a fim de serem utilizados nas aulas. Participam em cursos e palestra que possam enriquecer as práxis pedagógicas.
O corpo docente da escola bem como os outros funcionários tem buscado a todo o momento superar as deficiências apresentadas através do aperfeiçoamento de suas ações coletivas em busca de soluções pratica para a problemática citada. Através do trabalho em grupo, gestores e educadores têm percebido a necessidade de estudar e compartilhar suas praticas educativas. Pensando nisso, um dia da semana, a quarta-feira é reservada para coordenação coletiva, momento que aproveitamos para estudar, discutir e elaborar ações concretas para cada um desses problemas. Essa atitude tem se apresentado válido, porque prova que a organização do trabalho escolar tem mais chance de sucesso quando o caráter coletivo é assumido por vários atores.
Do diagnóstico levantado nasceram várias propostas de trabalho voltadas para auto-estima, a família, o uso de drogas, higiene, disciplina, a leitura e os valores humanos. A instituição como um todo tem demonstrado através dos grupos de estudo a intenção de fazer diferente, de adequar o planejamento às necessidades reais não de simplesmente passar conteúdos.


8.1 – Ações de encaminhamento para superação das principais dificuldades.

De acordo com as ações definidas no PDE, a escola se propõe a melhorar o nível de participação dos pais, a gestão escolar, o desempenho dos alunos nas disciplinas critica trabalhando da seguinte forma:

8.1.1 - Desempenho dos alunos
- Gincanas abrangendo o conteúdo estudado;
- Momentos culturais;
- Oficinas pedagógicas;
- Realização de aulas com técnicas variadas;
- Oficinas de leitura;
- Concursos de redação;
- Programa de reforço e recuperação;


8.1.2 - Participação dos pais
- Gincanas com a participação dos pais;
- Reuniões com palestras de conscientização no processo de aprendizagem de seus filhos;
- Envolvimento dos pais na realização de projetos de ensino.

8.1.3 - Gestão escolar – Atividades permanentes
- Reuniões de sensibilização e estímulo para o envolvimento de pais, alunos e funcionários nas atividades escolares;
- Promover ao final de cada semestre, um evento festivo entre corpo docente e discente, a fim de favorecer a integração entre os envolvidos e a democratização na escola;
- Visitar a cada mês todas as salas de aula a fim de promover um processo democrático de participação, reflexão e diálogo;
- Realizar a cada dois meses uma reunião de cada área a afim de estimular um currículo mais centrado na realidade.

9. OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS E METAS

Para atingir seus objetivos, a Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel, estabelece as seguintes metas:
Ø Motivar e formar o hábito de leitura no aluno, levando – o a freqüentar, a pesquisar e fazer empréstimo de livros literários;
Ø Conscientizar o aluno da importância do espírito de solidariedade, participação, companheirismo e respeito pelos colegas, através de eventos culturais e palestras;
Ø Conscientizar o aluno da importância da disciplina e atenção para o bom rendimento do trabalho em sala de aula.
Ø Promover reunião com os pais com a finalidade de despertar a importância de sua participação na vida escolar do filho;
Ø Promover palestras para os pais com profissionais especializados (médicos, psicólogos, promotor etc., com os temas: educação sexual, drogas, vandalismo, importância da educação...)
Ø Envolver sempre os pais nas comemorações ou apresentações artísticas da escola.
Ø Promover interclasse para que os alunos sintam o gosto e o espírito esportivo;
Ø Promover mostras pedagógicas e de artes no decorrer do ano letivo;
Ø Melhorar a atuação do Conselho Escolar, de pais e mestres;
Ø Organizar melhor os eventos, distribuindo as funções de cada um com os coordenadores;
Ø Proporcionar momentos de reforço para os alunos de baixa aprendizagem no próprio horário escolar com atividades extra classe para os alunos que não necessitam;
Ø Proporcionar aos alunos recreio dirigido;
Ø Realizar reuniões administrativas mensalmente ou quando se fizer necessário para reflexões, repasse de informações, tomadas de decisões e para fazer avaliação de projetos;
Ø Desenvolver campanhas de limpeza e conservação da escola;
Ø Garantir as decisões tomadas pela frente a SRE;
Ø Conscientizar os alunos da importância de respeitar e valorizar os trabalhos dos colegas expostos;
Ø Desenvolver aulas mais dinâmicas com a utilização de material didático mais diversificados e laboratório de informática;
Ø Trabalhar o ensino da Língua Portuguesa com atividades variadas para que o aluno sinta maior apreço;
Ø Utilizar a escrita (produção de textos) nas diversas disciplinas (Ciências, Geografia, Arte, Historia etc.)
Ø Elaboração do Regimento Escolar e PDE que consiste na organização e execução das ações incluindo eventos letivos, comemorações, festividades, concursos, período para recuperação, confraternização, palestras e debates com autoridades locais e regionais
Ø Distribuição das aulas de acordo com a formação de cada professor.
Ø Trabalhar dramatização em todas as séries;
Ø Ampliar e adequar a proposta curricular à realidade escolar;
Ø Utilizar as formas de avaliação continua, respeitando o ritmo de cada aluno, estabelecendo metas precisas para garantir o conteúdo mínimo. Todos os envolvidos no processo educativo devem ser avaliados: aluno, professor, grupo gestor, funcionários, proposta política pedagógica tendo em vista a revisão em conjunto das ações desenvolvidas;
Ø Aperfeiçoar o ensino/aprendizagem utilizando métodos como a recuperação paralela e final, avaliação contínua;
Ø Realizar bimestralmente conselho de classe participativo pra levantar as dificuldades encontradas em relação à aprendizagem e disciplina, procurando soluções possíveis;
Ø Adquirir coleções de boa qualidade e atualizada para apoio ao professor de Arte, Educação Física, Educação Religiosa.
Ø Garantir o conserto de equipamentos gerais da escola;
Ø Solicitar a reforma da escola e cobertura da quadra de esporte junto à Secretaria de Educação;
Ø Comemorar as datas cívicas e sociais com representações artísticas, palestras, montagem de murais trabalhando em forma de projetos ou temas geradores;
Ø Implantar projetos de Preservação do Meio Ambiente;

10. PLANO DE AÇÃO

Ações de encaminhamento para superação das principais dificuldades. De acordo com as ações definidas a Escola Estadual Dr. Belarmino Cruvinel se propõe a melhorar o nível de participação dos pais, a gestão escolar, o desempenho dos alunos nas disciplinas criticas trabalhando da seguinte forma:

1. Melhorar o processo ensino aprendizagem

1.1. Dinamizar a pratica efetiva em sala de aula para melhorar a aprendizagem do aluno.
1.1.1. Promover um conjunto de ações para dinamizara prática efetiva em sala de aula
melhorando a aprendizagem do aluno;
ü Promover anualmente uma competição entre as turmas de 1ª e 2ª Fases (dentro das disciplinas criticas) abrangendo o conteúdo estudado (gincana) “Dia do estudante”.
ü Promover uma vez por ano um momento cultural, recital de poesias, para promover a cultura; desenvolver as habilidades de expressão oral dos alunos.
ü Realizar uma Gincana anual de conhecimentos “Dia diferente”, para estimular o raciocínio rápido do aluno quanto aos conhecimentos gerais.
ü Dar continuidade ao Projeto “Amostra Folclórica.” Promover a cultura e despertar o gosto pela tradição através de mostra folclórica.
ü Realizar uma palestra anual sobre drogas para conscientização dos alunos
ü Realizar uma palestra anual sobre prostituição para conscientização dos alunos
ü Realizar um concurso anual de cartaz com tema indicado para valorizar os talentos dos alunos
ü Realizar um intercolegial semestral com os alunos da escola para melhorar a socialização dos alunos
ü Realizar o Dia D de combate a dengue, para o envolvimento entre comunidade e escola.
ü Realizar uma palestra anual sobre DST / AIDS para conscientização dos alunos
ü Realizar uma palestra anual sobre direitos e deveres dos alunos
ü Realizar um campeonato de soletração com alunos de 1º ao 9º ano afim de desenvolver o raciocínio, a ortografia, habilidades de leituras e pesquisa em dicionários.
ü Realizar uma aula por semestre usando técnicas variadas de ensino, incluindo tarefas, individuais e coletivas, discussão em sala de aula, trabalhos envolvendo jogos e músicas para todos os alunos da escola.
ü Promover uma palestra por semestre para elevar a auto – estima e valores do aluno.
ü Realizar anualmente uma oficina de leitura com participação de todos os professores da 1ª fase.
ü Realizar um concurso de redação anualmente para estimular a participação dos alunos.
ü Realizar uma exposição anual de redação e poesias
ü Realizar uma reunião mensalmente com os professores de 1ª fase para detectar e relacionar os alunos com dificuldades em todas as disciplinas.
ü Realizar mensalmente uma reunião com todos os professores para detectar as dificuldades de aprendizagem dos alunos.
ü Implantar um projeto sobre meio ambiente, para conscientização dos alunos da utilização correta dos recursos naturais.
ü Realizar a semana da Paz, para que os educandos se tornem agentes da paz.
ü Realizar a semana de assistência farmacêutica com toda a comunidade escolar, para conscientização da não auto medicação.
ü Realizar os Dias Temáticos do Amigo da Escola de acordo com os temas indicados.

1.2. Dinamizar a pratica efetiva do professorem sala de aula
1.2.1. Promover um conjunto de medidas para dinamizar a prática efetiva do professor na sala;
ü Promover um momento de valorização pessoal e profissional com todos os funcionários desta Unidade Escolar.
ü Organizar uma reunião pedagógica com os professores de Língua Portuguesa para planejar as atividades e solucionar as dificuldades encontradas.
ü Promover um momento de sensibilização e integração entre professor/coordenador e funcionários p/um melhor entrosamento.
ü Realizar um momento de estudo p/ os professores com o objetivo de conhecer os recursos disponíveis na U.E
ü Organizar um planejamento bimestral c/os professores do Ens. Fund. p/planejar as dificuldades dos alunos de acordo com as necessidades apresentada com a diagnose.
ü Realizar semestralmente a Parada Pedagógica em todas as disciplinas com os professores e alunos do Ens. Fundamental.

1.3. Dinamizar a prática educativa utilizando tecnologias inovadoras e fortalecedoras para melhorar o processo ensino aprendizagem.
1.3.1. Elaborar um programa de ações inovadoras votadas para a dinamização da pratica pedagógicas;
ü Realizar uma oficina pedagógica para professores utilizarem o laboratório de informática para dinamização das aulas.
ü Organizar um planejamento bimestral c/os professores do Ensino Fundamental para planejar aulas utilizando o laboratório de informática.
ü Utilizar o laboratório de informática para melhorar a pratica pedagógica do professor em sala de aula.
ü Elaborar um documento final das atividades realizadas com o uso das tecnologias multimídias

2. Fortalecer a gestão de resultados

2.1. Concentrar esforços nas disciplinas críticas na 1ª fase. 2.1.1 Aumentar o índice geral de aprovação em 10% dos alunos da 1ª fase.
ü Realizar uma oficina pedagógica para professores utilizarem o laboratório de informática para dinamização das aulas.
ü Organizar um planejamento bimestral c/os professores do Ensino Fundamental para planejar aulas utilizando o laboratório de informática.
ü Utilizar o laboratório de informática para melhorar a pratica pedagógica do professor em sala de aula.
ü Realizar duas aulas de reforço semanalmente para os alunos de 1ª fase com baixo rendimento em todas as disciplinas.
ü Realizar um momento de leitura mensalmente para despertar o interesse do aluno
ü Trabalhar a Cultura Afro – Brasileira de uma maneira coerente, respeitosa, dinâmica e interdisciplinar.

1.2. Concentrar esforços nas disciplinas críticas na 2ª fase
1.2.1 Aumentar o índice geral de aprovação em 15% dos alunos na 2ª fase.

ü Elaborar um programa com cronograma para as aulas de reforço na 2ª fase;
ü Realizar uma reunião bimestral com os professores de 2ª fase para detectar e relacionar os alunos com dificuldades em todas as disciplinas.
ü Realizar uma aula de reforço bimestral para os alunos de 2ª fase com baixo rendimento em todas as disciplinas.
ü Elaborar um projeto de monitoria envolvendo os alunos de séries mais adiantadas para sanar as dificuldades dos alunos de outras séries.
ü Trabalhar a Cultura Afro – Brasileira de uma maneira coerente, respeitosa, dinâmica e interdisciplinar através de mini – projetos.
ü Realizar mensalmente uma aula de monitoria envolvendo os alunos com maior aprendizagem para sanar as dificuldades dos alunos de baixo rendimento

2.3. Incentivar a participação dos pais nas atividades escolares
2.3.1 Promover uma variedade de ações para estimular a participação dos pais nas atividades escolares.

ü Promover uma noite dançante para os pais com premiação ao casal que melhor dançar
ü Implantar o projeto “Tecendo Relações”, para estimular o interesse de participação da família no processo ensino aprendizagem.
ü Realizar uma reunião bimestral com palestra de incentivo e estímulo para o envolvimento dos pais nas atividades escolares e conscientização de participação no processo de aprendizagem dos filhos.
ü Realizar uma reunião semestral com os pais para incentivar a participação nas atividades escolares dos filhos.
ü Realizar uma oficina para a produção de sabão líquido com as mães para ajudar no orçamento familiar


2.4 Aperfeiçoar a rotina escolar
2.4.1 Desenvolver varias ações para melhorar a rotina da escolar
ü Realizar um seminário anual sobre relação interpessoal para todos os funcionários da escola
ü Realizar uma reunião anual para definir as funções de toda a equipe escolar
ü Registrar em livro de ata todas as atividades formais desenvolvidas na escola durante o ano
ü Realizar semestralmente uma palestra de sensibilização para todos os funcionários da escola

2.5. Incentivar a participação do conselho Escolar
2.5.1 Desenvolver um conjunto de ações para melhorar a atuação do Conselho Escolar

ü Realizar uma reunião anual de sensibilização com os membros do Conselho Escolar para incentivar na participação das ações da escola
ü Realizar uma reunião para apreciação do PDE e dos projetos implantados em 2009
ü Realizar uma reunião bimestral com os membros do conselho escolar para prestação de contas e acompanhar as ações do PDE
ü Realizar anualmente uma reunião com palestra de incentivo e estimulo para o envolvimento dos membros do conselho nas atividades escolares e conscientização de sua participação nas ações da escola


ü Promover semestralmente uma reunião com os membros do conselho escolar para melhor integração dos mesmos e para tratar de assuntos referentes ao desempenho das ações do PDE
ü Realizar semestralmente uma reunião para avaliar o desempenho dos projetos implantados na escola.
ü Realizar uma reunião anual para análise das ações desenvolvidas durante o ano e elaboração de um documento final de avaliação de desempenho das atividades

11 - AVALIAÇÃO

A avaliação merece um destaque a parte, pois diz respeito a um processo mais amplo e abrangente que abarca todas as ações desenvolvidas na ação pedagógica, assim como todos os sujeitos nele envolvidos. Portanto, deve estar claro para aquele que avalia que ele também é parte integrante do processo avaliativo uma vez que foi o responsável pela mediação no processo de ensino-aprendizagem. Logo, quando se lança o olhar para avaliar alguém ou alguma ação no âmbito da instituição escolar, lança-se também o olhar sobre si próprio. Ao avaliar deve-se ter em mente o processo como um todo, bem como aquele a quem se está avaliando.
Com a nova LDB 9394/96, que trouxe mudanças significativas para este novo olhar para a avaliação tanto no aspecto pedagógico como da legalidade, a escola tem proporcionado momentos de estudo e de discussão deste tema. Que não se esgotou até o presente momento.
Dentre as dificuldades que se coloca sobre a avaliação, estão presentes ainda muitas questões do passado, como: provas, trabalhos, recuperação, apropriação dos conceitos mínimos, o empenhos dos alunos no processo, as condições objetivas da prática docente, em relação a correção, critérios, pareceres e a nota como prevê a Resolução 194/2006.
Compreendemos que a avaliação deve permear todas as atividades da sala, principalmente na relação professor com o aluno e no tratamento dos conhecimentos trabalhados neste espaço. Portanto, a intervenção do professor ajuda a construir as mediações necessárias para a construção do conhecimento.
A recuperação paralela, prevista em lei ajuda a reelaborar estes conceitos que por ventura não foram apropriados por alguma razão e que novas oportunidades de recuperação devem ser oferecidas, não restringindo apenas no sentido de realizar mais uma prova. Esta novas oportunidades deverão estar devidamente registradas no diário de classe e devem ser lembradas por todo educador que é um direito do aluno. Portanto o trabalho do professor é fundamental na condução do processo. É função docente estar atento a esta questão.
Pontuamos a responsabilidade do educador e do aluno, que deverão ser colaboradores neste processo.
Por experiência, a progressão parcial da nossa escola, não trouxe qualquer tipo de avanço no processo de aprendizagem por parte dos nossos alunos, basta observar as atas dos conselhos de classe, realizados quando da permanência desta prática. Cria-se um verdadeiro caos pedagógico, para os alunos, família e professores em querer colocar todo o processo de aprovação em momentos isolados. Como ficam as intervenções necessárias para o verdadeiro sentido da aprendizagem? Passar alguns dias estudando apenas para tirar uma nota invalida qualquer discurso de continuidade, de processo e de caminhos que alunos e professores devem trilhar no decorrer de um no letivo. Não podemos também esquecer que cria um certo comodismo por parte de alunos e de alguns professores na obtenção de uma nota, podendo desqualificar todo um trabalho pedagógico.

12. BIBLIOGRAFIA

1. ARAÚJO, Sheila Maria Vieira de. Apostila Planejamento Escolar: Projeto Pedagogico Curricular. 2001

2. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O Que é Educação? Brasiliense. 33ª Ed. São Paulo, 1995.

3. MACHADO, Anglê de Medeiros (Coord. Geral). Progestão: Como promover a construção coletiva do projeto político pedagógico da escola? Módulo VI - Brasília CONSED 2004.

4. Orientações Gerais para a Organização da Rede Estadual de Educação em Goiás – 2004.

5. PCNs – Parametros Curriculares Nacionais.

6. PDE – Plano de Desenvolvimento da Escola – 2009.

7. VEIGA, Ilma. Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção coletiva. Papirus, 1998.

8. http://www.conteudoescola.com.br/ Acesso em 18/04/2009.

9. FERRARI, Eliana Moysés Mussi – Roteiro para elaboração da Proposta Pedagógica - Eliana Moysés Mussi Ferrari - Brasília, Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, 2006.